A Mão Entre o Crepitar



A mão entre o crepitar
de prata em forma de cunha
fez o formato da cara
mas não são bolas de pão
são pedacinhos de queijo
que as ratas buscam e cheiram
na minha imaginação
não lhes peçam mais casulos
com esse olhar de cereja
sejamos bichos avaros
deitemos fora o cotão
dos pedacinhos de queijo
nascem bolas de sabão.


(Escrito pelo saudoso José Afonso, durante a sua estadia na prisão de Caxias. Apenas mais um belo poema, de um artista genial...) (Foto de uma amiga minha)

1 comentário:

Joana O. Marques disse...

Gosto da fotografia, so é pena o tom "azulado" com k ficou. quanto ao poema, ja sabes a minha opiniao :P beijinho :*