Alright



How about some poor English to express something in such a cold rainy day like this?

It’s easier, I know… Maybe because I’m a coward, unable to talk about myself, unable to drive myself through some kind of peaceful stairway to my own heaven… Maybe, because I can’t talk anymore…

Once, I believed in such a pure perfection, that I almost became blind. People just dream, it’s as simple as that. Driven by some meaningful song that leads us to a higher state of mind, or simply smoking some weed, it’s up to you. Nobody can tell you “you can’t dream this way! Just dream that other way; it’s the right way to dream!”

No. Even if you’re the biggest loser, nobody can prevent you from dreaming – till you die, you can have at least the pleasure of being a king, a king in your own mind.

Maybe, the dreams are the biggest mirror you can have: try not to die, while you see them (your dreams) dying. You see them, floating away, you fight with everything you have to make them stay... But you’re so powerless, so powerless that you just can’t avoid your own fall…

Now I know I’m dying too… Couldn’t stop the inevitable course of the river that started flowing many years ago… Creepy, gruesome, grisly and grim. That’s how beautiful I am, now that I’m nothing.

The mirror is now broken. Goodbye... (blue sky)… … …


O Acordo Ortográfico


Não fosse este ser (ainda) um blog respeitável, e este post começaria com um sonoro e estridente "ah fod*-**! Car****! P*** que p****!

E tanta ira porquê, perguntam vocês meus amigos? E eu respondo com duas palavras: Acordo Ortográfico. E reparem que escrevi isto em maiúsculas, para realçar a gravidade do problema. E o que significam essas duas belíssimas palavras, por essa ordem escritas e descritas, oh dignísssimo praticante (e aprendiz) da arte da escrita? - perguntam os mais desinformados. Ao que eu respondo tristemente: uma tragédia, meus amigos. Uma tragédia.

Crêem os grandes "sabões" das línguas, que este famigerado Acordo é "a única forma de salvar a língua portuguesa". Que os portugueses, na sua grande maioria, precisam ser salvos, à muito que é sabido. Agora, a língua? A nossa querida língua materna? Por favor! Que me poupem.

Nunca fui grande patriota, sinceramente... Mas se existe coisa que me apraz neste meu país, é a sua língua, complexa, rica e densa como poucas. E se existe coisa que desprezo, é quem me venha com histórias do género "sim, temos de nos adaptar à realidade crescente da aproximação da forma de escrever as palavras, à forma como elas se pronunciam!"... O quê? O QUÊ???
Pelo amor do pai, da mãe e da família toda... Não sejam ridículos.

Eu sou um leigo, é certo. Mas que não me tomem por parvo! Parte do fascínio da nossa língua advém daí mesmo: da sua complexidade. O aprender a escrever, com correcção, o português, é dos grandes desafios a que qualquer pessoa se pode propor! E agora querem convencer-me que temos de passar a escrever "sutil", "amídala", "onipotente" ou "dição" só porque é mais fácil??? Mais fácil para quem? De onde surgiu tamanha idiotice? Que mente apodrecida poderia supor tal insulto? Sim, porque é um insulto, a meu ver. Podem ver aqui, se não acreditam! Eu também não acreditava...

E não, não concordo contigo, "menina do blog". É bem verdade que antigamente ninguém suporia escrever "farmácia" em vez de "pharmacia", por exemplo... Mas isso foi parte da evolução linguística. A supressão do "ph" é perfeitamente admissível, natural até.
Agora o que se verifica nesta nova "evolução" (eu chamo-lhe assassinato) não é nada disso... Trata-se de "abrasileirar", simplificar da forma mais degradante, um tesouro bem nosso! Ninguém tinha o direito de o fazer... Ninguém.

"Você me tira do sério, seu babaca! Não tira mais sarro da minha cara não! Senão, vou ficar de mal com você!"
"Ô cara, vamo ali no açougue prá mor dji comprá carne? Loguinho vai tê um jogão e têmo dji tá préparado pra dá a maió torcida pro nosso tjimi!"

Sejamos coerentes, claros e concisos! É nisto que nos querem transformar? Sim, porque por este andar não tarda muito a serem incorporadas estas pérolas nos nossos dicionários!

E muito mais poderia dizer, mas já me estiquei demasiado, até. Em suma, fica a promessa, aqui imortalizada: no dia em que tais baboseiras forem obrigatórias, daqui a seis anos, eu, NHLB, recusar-me-ei terminantemente a escrever uma palavra, sequer, em português, à excepção daquelas estritamente necessárias em situações pontuais.

Fim.


Fins...

(In the end, by MechanicalSoul, deviantart.com)


Rir-se-ão porventura de nós, onde quer que estejam. Não num sentido pejorativo, não troçarão certamente das lágrimas que sinceramente por eles são derramadas. Poderão fazê-lo em relação às chamadas "lágrimas de crocodilo", mas isso é outra história.

Penso que a sua diversão, a existir de facto o que tanta gente apregoa como "um lugar melhor", se deverá essencialmente à sua análise daquilo que valeram as suas passagens pelo lado de cá. No fundo, à sua ideia do que valerão as de todos aqueles que se reúnem numa hora de dor inequívoca, pela sua partida. "Como são idiotas... Terão eles consciência de que o verdadeiro inferno fica desse lado, e não deste? Se sim, porque choram?"...

"Quando eu morrer não quero cá choros. Nem velas, nem flores, nem jazigos. Peguem no dinheiro que iriam gastar em tudo isso, façam uma bela jantarada e apanhem uma bela borracheira em minha memória. Morreu morreu, fod**-se. Não quero cá dessas hipocrisias como as que se vêm todos os dias. A vida é mesmo assim, todos nascemos para morrer."

Já me senti mais capaz de criticar tais palavras, proferidas por um velho amigo, do que hoje.
De algum modo, o ser frio e desprovido de sentimentos no qual me tenho vindo a transformar, encontrou por estes dias motivo para se questionar acerca do verdadeiro valor da vida. Acerca dos porquês de determinadas situações se verificarem, numa sucessão quase demoníaca (wow!) de acontecimentos que, sendo naturais, não deixam de ser impressionantes.

Ao observar aquele que fora desde sempre o mais imperturbável, o mais forte e frio de todos os amigos passageiros que encontrei ao longo da vida, naquele estado tão miseravelmente angustiado, apercebi-me que não conseguirei suportar semelhante desgosto, quando a minha hora chegar também... Por mais que as palavras do senhor Lúcio sejam um ode à resistência psicológica do ser humano, resistência psicológica é algo que só está ao alcance daqueles que foram verdadeiramente "talhados" para as vicissitudes da vida...

The time has come to say goodnight...


A Mão Entre o Crepitar



A mão entre o crepitar
de prata em forma de cunha
fez o formato da cara
mas não são bolas de pão
são pedacinhos de queijo
que as ratas buscam e cheiram
na minha imaginação
não lhes peçam mais casulos
com esse olhar de cereja
sejamos bichos avaros
deitemos fora o cotão
dos pedacinhos de queijo
nascem bolas de sabão.


(Escrito pelo saudoso José Afonso, durante a sua estadia na prisão de Caxias. Apenas mais um belo poema, de um artista genial...) (Foto de uma amiga minha)

Atenção


Começo a ficar realmente farto das conotações que às minhas palavras são atribuídas.
Porque tentais compreender-me, se compreensão não vos peço? Porque teimais em identificar-vos com os meus textos, se eles a vós não fazem referência?
Este blog não é um diário... Este blog não é feito por encomenda. De mim, nada mais sabeis senão aquilo que eu vos permito saber. Nem o meu nome, sequer... E para quem sabe (o meu nome e outras coisas mais), é impensável a manifestação de qualquer género de indignação, até porque devem lembrar-se de uma coisa: só sabem que o blog existe, que é meu, porque EU quero... Logo, se achais que esta é uma fachada, um método cobarde de vos atacar pelas costas, pensai duas vezes.
A mesma carapuça pode ser enfiada por várias pessoas, mas os meus textos não são, de todo, carapuças! Os meus textos valem o que valem, para mim valem tanto como um click num ícone nas definições que tem escrito "delete blog"...
Não se admirem, se um dia por cá passarem e não me encontrarem mais.

Sick and tired... Sick and tired.

A(s) Estátua(s)

(Thorn, by Circuli, deviantart.com)


Profano, talvez. Insano, decerto. A que sabe a loucura? Sabem responder-me a isso? ... Conheço quem saiba... Mas já perderam o paladar, presumo, a avaliar pela insensibilidade à podridão das coisas que saboreiam, sem que de tal realidade se apercebam.

O tempo passa e as pessoas mudam. Mas até que ponto? Até ao ponto de se perderem definitivamente num mar de falsas certezas acerca de tudo e todos os que os rodeiam, a pontos de mergulhar em queda livre, em direcção ao NADA, sem que nada nem ninguém os consiga travar?

Sim... As pessoas mudam a esse ponto. Ou talvez, sempre tenham sido dessa forma, sem que nós, que nos julgávamos próximos delas, nos apercebesse-mos do quão miseráveis eram, desde sempre... E nesse caso, NÓS é que somos idiotas. NÓS é que somos vulgares, nem a perspicácia e a inteligência que julgávamos possuir nos podem salvar de tamanha desilusão. Acreditem... Resumimos-nos a um insignificante amontoado de NADAS, somos um zero à esquerda, quando pensávamos sê-lo à direita, quando julgávamos ser "aquele que fazia a diferença".
Um só grão de areia não equilibra a balança, se do outro lado estiver um elefante...

Posto isto, o que somos nós afinal? O colchão de ar que apara a queda livre daqueles de quem gostamos, depois de lhes termos dado mil e uma razões para não saltarem? Depois de lhe termos garantido que o caminho que percorriam era errado, ainda que o certo não soubéssemos com certeza?

Arranjem-me um antónimo para a palavra "egocêntrico", e vos darei a receita da minha própria inexistência. Dir-vos-ei, ponto por ponto, como se cozinha a frustração, como se tempera a desilusão, e qual o digestivo mais eficiente para o síndrome de "sonhos-destruídos"...
Mas não me ataqueis com os mais comuns, esses não servem perante a magnitude daquilo que não sou. Algo mais substancial, por favor - mereço isso, ou não?

Dizia Confúcio, "Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos". Como tinha razão, aquele homem... Tão sábio, que haviam de erguer-lhe uma estátua, por cada vida salva por tais palavras...

Acreditem se quiserem, mas por aqui não há quem queira fazê-las...

Once divided, nothing left to substract... Some words when spoken, can't be taken back...